quarta-feira, 30 de maio de 2012

RIO + 20 - Escolas adotam estratégias diversas para ensinar sustentabilidade

Experimentos para minimizar danos ao meio ambiente na própria escola ou discussões relacionadas à Rio+20 são incorporados a rotina

Cinthia Rodrigues e Marina Morena Costa, iG São Paulo

Mede, lixa, enverniza, fura. A última reunião do Núcleo do Pensamento Sustentável da escola Santi, em São Paulo, parecia aula de carpintaria. Depois de estudar por meses quais descartes causavam os maiores danos e debater como reduzi-los, o grupo se empenhava na construção de um canecário e uma composteira. A atividade faz parte da estratégia do colégio para desenvolver consciência ecológica nas crianças a partir da prática.

O suporte para canecas será colocado na sala dos professores, embora estes ainda não estivessem avisados do projeto até a terça-feira quando o equipamento começou a ser construído. “Não teremos mais copos plásticos”, avisava uma folha de papel colorida caprichosamente pelo grupo e colada ao lado do bebedouro.

A aceitação não foi unânime entre os mestres. “Cada dia vou por um para lavar as canecas”, ameaçou um dos professores. Mas logo veio um pouco de reflexão e a aceitação. “No Japão, o professor ganha a caneca junto com o kit de trabalho no primeiro dia de aula e precisa cuidar até o último”, comentou uma das docentes. “Eu não gosto muito de lavar minha caneca, mas vou fazer isso pelo Planeta e por vocês que estão se empenhando tanto”, disse a outra a aluna que afixava o cartaz.

Para os alunos, a razão era fundamentada em dados. Eles mediram um uso mensal de 5 mil copos d’água e 7,5 mil de café em toda a escola e a sala dos professores estava entre os pontos mais consumistas. “Além de gerar uma quantidade enorme de um material que não se desfaz, o plástico com produtos quentes libera uma substância que faz mal a saúde”, comenta Matheus Garcia, 12 anos.

Todos os estudos foram feitos em reuniões semanais de uma hora e meia para pensar a sustentabilidade da escola. Os encontros são fora do horário de aula, não valem nota e a adesão é voluntária. O professor de Ciências, Edward Zvingila, supervisiona e fomenta o debate.

Também está em construção uma composteira para o lixo orgânico. Manoela Gonçalves Robeiro, 12 anos, e Isabel Stellino Ahmar, 11 anos, foram as responsáveis por pesquisar o equipamento. “Vão ser três caixas, duas para depósito do lixo, cada uma de uma vez, e a última para o humos, que ele vai gerar e a gente pode usar de adubo”, diz íntima da solução.

O professor, orgulhoso da turma, aposta que as mudanças vão ter resultado mais efetivos do que se fossem propostas pela escola. “Os alunos chegaram à conclusão de que era preciso e possível fazer isso, agora eles mesmos cobrarão os demais a fazerem”, afirma.


No Colégio Magister, na zona sul de São Paulo, a estratégia é debater o quadro global. O tema ambiental será explorado com discussões no próximo mês. Durante os dias 20 e 22 de junho, todos os alunos do 9º ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio irão simular a conferência ambiental Rio+20, que acontecerá oficialmente na capital carioca.

Cerca de 200 estudantes serão divididos em comitês de discussão de quatro problemas críticos – emprego, energia, alimentação e água – e representarão diferentes países. Outra parte fará a cobertura jornalística do evento. Desde já, os temas estão sendo trabalhados em sala de aula e pesquisados pelos alunos. O objetivo é estimular competências e habilidades como trabalho em equipe, liderança, argumentação e colocar os jovens para pensar soluções inovadoras para os problemas ambientais globais.




Leonardo e Larissa acreditam no envolvimento dos colegas com meio ambiente a partir de debates


Larissa Santos, 17 anos, aluna do 3º ano do ensino médio e coordenadora geral do grêmio estudantil, avalia que discussões como esta que o colégio irá fazer e a conscientização dos cidadãos são avanços que o evento traz. “Sabemos que o debate da Rio+20 não está longe e que seremos afetados de maneira direta pelas decisões que forem tomadas lá. Espero que as mudanças aconteçam não só de cima pra baixo, mas que sejamosos agentes dessa transformação. Acredito muito na nossa geração”, declara a jovem.



O colega Leonardo Alves de Melo, 17 anos, destaca que a simulação permite vivenciar a história na prática. “A gente aprende as relações internacionais e os temas como se fosse um diplomata de um país”, destaca.

Para o professor de Atualidades e Língua e Cultura Hispânica do colégio, Pablo Reimers, a simulação permite que estudantes aprendam ao ensinar uns aos outros. “A partir do entendimento crítico, eles terão um posicionamento para transformar aquilo que será a história deles no futuro, e a nossa também.”


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domingo, 27 de maio de 2012

MBA EXECUTIVO EM ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS - UNIVEL ( Cascavel - Pr ) " Workshop" de Metodologia e Didática do Ensino Superior. ( 26.05.12 )

Prof. Cláudio  Silva ministra "Workshop"  de  Metodologia  e  Didática do  Ensino  Superior


















Recado  à  turma:  NÃO DESISTA JAMAIS


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quinta-feira, 17 de maio de 2012

ENEM - questões serão públicas

Mercadante: questões do Enem serão públicas quando chegarem a 50 mil

Ministro da Educação afirma em congresso que trabalha para aumentar banco de itens e disponibilizá-los a todos os interessados

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo

O ministro da Educação Aloizio Mercadante afirmou que todas as questões possíveis do Exame Nacional do Ensino (Enem) serão abertas aos interessados quando o Banco Nacional de Itens chegar a 50 mil. “Se algum aluno decorar as respostas para as 50 mil, ótimo, queremos ele na universidade”, disse no Congresso Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) em São Bernardo do Campo.

De acordo com ele, um mutirão eletrônico foi feito entre as 36 universidades federais “fortaleceu muito o banco de questões”. “A experiência foi tão bem sucedida que vamos repetir”, disse. No entanto, antes de serem usadas, as questões têm que passar por pré-testes como o que resultou no vazamento das perguntas do Enem de 2011. “A Teoria de Resposta ao Item sempre vai exigir o pré-teste, mas nós vamos agilizar isso também.”

O Ministério da Educação afirma ter 6 mil questões disponíveis para uso no Enem, mas o vazamento de uma prova com 14 questões idênticas as que foram aplicadas no teste colocou em dúvida se todas estariam o volume realmente seria este. Apesar da promessa da liberação de questões, Mercadante não fez previsões de quando isso ocorrerá.

Prova para professores

Mercadante também prometeu lançar ainda no segundo semestre de 2012 o edital da Prova Nacional para Ingresso de Docentes para aplicar o exame em 2013. O teste, que deve ajudar os municípios substituindo concursos simultâneos e custos em cada cidade, estava prometido para este ano, mas como adiantou o iG, o processo está atrasado.

Gafe no discurso

Na maior parte de sua exposição sobre os planos do MEC, Mercadante foi aplaudido, mas também arrancou gritos de queixas. Ao falar da como o País precisa formar mais médicos, citou um déficit de 9 mil vagas no ensino superior e disse que seria difícil sanar o problema. “Não tem como formar tantos médicos só com as universidades federais e boas públicas. E médico é coisa séria que não se pode formar de qualquer jeito”, disse a plateia de dirigentes educacionais composta praticamente por professores e que lida com o problema da falta de docentes bem preparados.

Entre as que reclamaram estava a secretária municipal de Educação de Aparecida do Taboado, em Mato Grosso do Sul, Maria Célia Souto Alvarez. “Se o médico salva vidas, o professor estrutura mentalidades, forma a cabeça”, comentou. “Um médico ganha oito, dez vezes mais que um professor e ainda tem uma formação que dificulta o trabalho. Os municípios não têm dinheiro para suprir a formação que não é dada na faculdade.

FONTE: PORTAL IG

PARA REFLEXÃO: CRÔNICA- "VAMOS COMIGO, FILHO!" – uma reflexão sobre a pós-modernidade - nova  crônica  do  Prof.  Cláudio  Silva

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Programa do MEC para alfabetizar alunos até os 8 anos vai investir na formação de professores

16/05/2012

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Bernardo do Campo (SP) – Deve entrar em funcionamento, no ano que vem, o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), do Ministério da Educação (MEC). Segundo o secretário de Educação Básica da pasta, Cesar Callegari, na próxima semana o ministério enviará uma correspondência a todos os prefeitos e governadores explicando os detalhes do programa, que pretende garantir a alfabetização de todos os alunos até os 8 anos de idade tendo como principal foco a melhora na formação dos professores que lecionam nos três primeiros anos do ensino fundamental.

“O Ministério da Educação está decidido a trabalhar de maneira colaborativa com cada um dos municípios e estados brasileiros para que nós possamos realizar essa tarefa, absolutamente indispensável para o sistema educacional brasileiro”, ressaltou Callegari para uma plateia composta de secretários municipais de todo país no Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação.

O foco da iniciativa é melhorar a formação dos 244 mil professores que lecionam no três primeiros anos do ensino fundamental. Entre as ações previstas está a distribuição de bolsas de incentivo para que os professores participem de cursos de capacitação fora do horário de trabalho.“É absolutamente indispensável valorizar esses profissionais. E a melhor maneira de valorizar esses profissionais é proporcionando um lugar de destaque na suas carreiras e um processo de formação continuada”, disse o secretário.

Callegari espera que todos os gestores municipais e estaduais enviem as demandas necessárias para a execução do programa até julho para que os recursos necessários sejam incluídos no orçamento de 2013.

Edição: Fábio Massall

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PRÉ-SAL E EDUCAÇÃO

 Em ato na Câmara, cientistas reivindicam partilha dos royalties do pré-sal para educação

16/05/2012

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil


Brasília – A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) promove no começo da tarde de hoje (previsto para as 13h), no corredor de acesso ao plenário da Câmara dos Deputados, uma manifestação em favor da partilha de 50% do Fundo Social arrecadado com o pagamento de royalties pela exploração de petróleo na camada pré-sal para investimentos em educação e ciência e tecnologia.

Tramita na Câmara, desde outubro do ano passado, o Projeto de Lei (PL) nº 2.565/2011, que define as regras da partilha entre estados. A proposta recebida do Senado não inclui a partilha na proporção sugerida pela SBPC. No ato, a presidenta da entidade, Helena Nader, entregará ao relator da matéria, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), um documento com as reivindicações. O parlamentar é favorável ao investimento dos recursos em educação e ciência e tecnologia.

Segundo o relator, a votação no plenário da Câmara deverá ocorrer em junho (ainda sem data estabelecida). Zarattini disse à Agência Brasil que acredita que os cientistas “irão conseguir” a inclusão da partilha na proporção reivindicada.

Para Helena Nader, se o país não investir esses recursos em educação e ciência “irá continuar a ter uma cultura extrativista” e perderá uma grande oportunidade para modernizar a economia e a sociedade. “O petróleo é finito”, lembrou antes de destacar que os recursos podem viabilizar obrigações legais das unidades da federação, como o pagamento do piso aos professores.

“Só se descobriu o pré-sal porque houve antes educação, ciência e tecnologia”, disse se referindo à formação dos engenheiros e pesquisadores que criaram meios para extrair petróleo do fundo do oceano na costa brasileira.

Segundo a Comissão de Educação e Cultura da Câmara, também devem participar do ato os ministros Marco Antonio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Aloizio Mercadante (Educação). Apenas a agenda do ministro Raupp confirma a presença.

Os dois ministros já se posicionaram de forma favorável à partilha pleiteada pelos cientistas. Mas, segundo Helena Nader, isso não significa que a questão esteja fechada dentro do governo. “Não temos clareza da posição do Palácio do Planalto. Não tivemos nenhuma sinalização.”


 Edição: Lílian Beraldo
Fonte:  AGÊNCIA  BRASIL

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Estudante de escola participante do Pibid é selecionada para programa nos EUA

Publicada por Assessoria de Comunicação Social da Capes  
Terça, 15 de Maio de 2012 14:17

A estudante de ensino médio, Yasmin Garcia Gonçalves, foi uma das duas brasileiras contempladas pela Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) para participar do programa National Youth Science Camp (NYSC). Yasmin é aluna da Escola Estadual Messias Pedreiro - instituição participante do Programa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid) - localizada em Uberlândia, Minas Gerais.

Como premiação, a estudante participará, de 27 de junho a 21 de julho deste ano, de um acampamento na Floresta Nacional de Monongahela, em Charleston, na West Virginia (EUA), onde serão realizadas palestras e seminários ministrados por cientistas, visitas à instalações em Washington D.C., excursões noturnas na floresta e competições, entre outras atividades, com o objetivo de estimular nos jovens o interesse pelas ciências.

Pibid
O Pibid é coordenado pela Diretoria de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e é uma proposta de valorização dos futuros docentes durante seu processo de formação. Tem como objetivo o aperfeiçoamento da formação de professores para a educação básica e a melhoria de qualidade da educação pública brasileira.

O Pibid oferece bolsas de iniciação à docência aos estudantes de cursos de licenciatura que desenvolvam atividades pedagógicas em escolas da rede pública de educação básica; ao coordenador institucional que articula e implementa o programa na universidade ou instituto federal; aos coordenadores de área envolvidos na orientação aos bolsistas; e, ainda, aos docentes de escolas públicas responsáveis pela supervisão dos licenciandos. Também são repassados recursos de custeio para execução de atividades vinculadas ao projeto.

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Estudantes de baixa renda farão exame de proficiência em inglês

 Publicada por Assessoria de Comunicação Social da Capes  


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e representantes do British Council no Brasil anunciaram na manhã desta segunda-feira, 14, em Brasília, uma parceria para dar a dois mil estudantes de baixa renda a chance de fazer exame de proficiência em língua inglesa, gratuitamente. O acordo faz parte do programa Ciência sem Fronteiras dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O British Council, organização do Reino Unido, atua internacionalmente para estreitar relações culturais e criar oportunidades educacionais. Com a parceria, os britânicos farão um investimento de aproximadamente R$ 1,6 milhão, que financiará, além dos exames de proficiência, quatro mil livros preparatórios e 40 mil exames de nivelamento.


 
Ao anunciar a parceria com o British Council, o ministro Aloizio Mercadante salientou que a língua ainda é um desafio a ser superado para abrir oportunidades aos estudantes brasileiros com maior mérito acadêmico (foto: João Neto - ACS/MEC)

Para essa parceria serão considerados de baixa renda os bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni); os beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do programa Bolsa-Família; estudantes com renda familiar inferior a seis salários mínimos (R$ 3.732); candidatos que cursaram o ensino médio em escola pública ou em instituições particulares na condição de bolsistas. Para concorrer à bolsa, os candidatos devem ser indicados pelos coordenadores do Ciência sem Fronteiras e disputar uma das vagas do programa para o Reino Unido.

Também presente à solenidade, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, destacou a importância da língua inglesa para o acesso ao programa. "Mais de 30 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras têm o inglês como idioma necessário para o bom aproveitamento do estudante", disse.

Desafio — De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, a língua é um desafio a ser superado para abrir oportunidades aos estudantes com maior mérito acadêmico. Ele lembrou que um dos requisitos para participação no programa é o candidato obter, ao menos, 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Muitos jovens pobres conseguem os 600 pontos no Enem, obtêm desempenho excelente nos estudos e estão habilitados a participar do Ciência sem Fronteiras, mas carregam uma deficiência na formação da língua do país ao qual querem ir", destacou.

Além das nações que têm o inglês como idioma oficial, Coreia do Sul, Bélgica e Holanda oferecem em inglês seus cursos vinculados ao Ciência sem Fronteiras.

(ACS/MEC



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Investimentos em educação e saúde continuam distante dos padrões internacionais, diz Ipea

15/05/2012 

Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Apesar de terem crescido nos últimos dez anos, os investimentos públicos nas áreas de saúde, infraestrutura e educação no país, ainda estão longe de alcançar os padrões internacionais, segundo levantamento apresentado hoje (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o ano de 2010.

O estudo Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas destaca o papel que as áreas sociais desempenharam, na primeira década dos anos 2000, para sustentação e dinamização da economia.

Na educação, os investimentos públicos representaram 5% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Plano Nacional de Educação, o padrão internacional, que é de 7%, seria alcançado em 2020. Há dez anos, eram investidos cerca de 3% do PIB na educação. Na saúde, os investimentos somaram 3,77% do PIB. Em dez anos, houve crescimento de 1,27 pontos percentuais. “Seria necessário quase dobrar os investimentos para alcançar o padrão internacional de 7%”, explicou Aristides Monteiro Neto, coordenador do estudo.

Os recursos destinados ao setor de infraestrutura de transporte, por sua vez, representaram 0,7% do PIB, enquanto o padrão internacional é 3,4%. Há dez anos, o percentual era 0,2%. Os padrões têm como base os países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa os países mais industrializados do mundo.

“Temos um caminho ainda de construção de investimento na área social. O desafio é fazer isso sem comprometer as exigências do investimento em infraestrutura”, disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. Um dos caminhos apontados pelo estudo é estimular investimentos pelo setor privado. De acordo com o estudo, o setor público atuou fortemente no estímulo a atividade produtiva nos últimos anos, mas a capacidade de investimentos já chega a um limite.

Para Monteiro Neto, diante da possibilidade de esgotamento das fontes de recursos, que não permitiria alcançar os patamares internacionais nas áreas sociais em médio prazo, é necessário ter foco na aplicação das políticas. “Países da América do Sul e Ásia que gastam 5% do PIB tem padrões educacionais melhores que o Brasil. Eles nos apontam que nem tudo é recurso financeiro. A melhor utilização do recurso existente pode gerar melhores resultados”.

O estudo mostra, ainda, um crescimento dos investimentos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, diminuindo a disparidade histórica com o Sul e o Sudeste. “Percebemos uma inflexão do ponto de vista da geografia do investimento. As regiões que eram menos dinâmicas foram as que mais cresceram. A região Centro-Oeste, por exemplo, é onde mais cresceu o setor industrial”, disse Pochmann.


Edição: Rivadavia Severo

Fonte:  AGÊNCIA BRASIL
 
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segunda-feira, 14 de maio de 2012

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA - Diretor de Educação a Distância fala sobre o Sistema UAB no programa NBR Entrevista ( CAPES)

Publicada por Assessoria de Comunicação Social da Capes  
Quarta, 09 de Maio de 2012 14:29

No final do mês de abril, o diretor de Educação a Distância da Capes, João Carlos Teatini, concedeu entrevista ao programa NBR Entrevista da Empresa Brasil de Comunicação.

No programa foi abordado o início da educação a distância no país, o objetivo do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), criado em 2006, e a qualidade dos cursos na modalidade a distância.

Veja a íntegra da entrevista:



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terça-feira, 8 de maio de 2012

DISCIPLINA - A rotina que faz bem às crianças ( GAZETA DO POVO)


Publicado em 08/05/2012 | Adriana Czelusniak  

Há quem pense que horários definidos servem para colocar as crianças nos eixos, mas a sua utilidade vai além disso. O hábito é importante para o bom desenvolvimento dos jovens

 André e Sandra Barbian têm horários definidos a serem seguidos pelos filhos Luanna e André Júnior                                                                                   

Ensinar uma criança a ter autonomia, segurança e estabilidade e levar isso para a vida adulta não é tarefa fácil. A rotina mostra-se uma grande aliada de pais e educadores que têm esse objetivo. No entanto, enquanto as escolas costumam ter organizados os horários para todas as atividades, em casa, a organização de tempo costuma deixar muito a desejar.

Sem horário definido para acordar, para a alimentação, higiene ou lazer, é comum a criançada apresentar quadros com algum grau de ansiedade e insegurança. Isso acontece porque a infância é a fase da vida em que muitas transformações cena e a instabilidade já se apresenta internamente. “O mundo externo tem de ser organizado para que o potencial biológico da criança se desenvolva [bem]”, diz a pedagoga Sandra Dias Costa, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Diálogo único

Alguns acontecimentos podem tumultuar a rotina das crianças. Cabe à família se organizar para evitar prejuízos aos pequenos:

Em casas separadas

Quando o pai vai para um lado e a mãe para o outro, muitas vezes a criança divide seu tempo entre os dois e, em alguns casos, ganha mais uma casa para morar. Mesmo que a relação entre os pais tenha acabado, ambos precisam definir a rotina da criança e colocar em prática o que foi combinado.

Breaks

As férias e os fins de semana costumam ser sinônimo de descanso, mais lazer e menos responsabilidades. Mas não é recomendável deixar as crianças totalmente livres. Ao menos uma rotina básica, com horários para alimentação e sono não muito diferentes do habitual, ajuda a evitar que a segunda-feira ou a volta às aulas seja um sofrimento.

Sem consenso

Os pais determinam alguns compromissos, porém o cuidador não cumpre, a tia burla e a avó contesta. Essas divergências familiares são comuns, mas atrapalham a educação e a rotina dos pequenos. “Para dar certo, todos têm de ser parceiros e falar a mesma língua”, diz a pedagoga Sandra Dias Costa.
É preciso afeto e flexibilidade

A palavra rotina não deve estar ligada à disciplina rígida e não pode ser estabelecida de forma severa. A pedagoga Sandra Dias Costa explica que a definição de horários e compromissos deve ser feita com afetividade e flexibilidade, de forma que a criança sempre se sinta em um ambiente organizado e possa entender que a rotina pode ser modificada. “Muitas crianças têm agendas cheias de atividades que nem sempre são desejadas. A família precisa conversar e se organizar. Todos devem falar a mesma língua, lembrando que o exemplo dos pais vale muito”, diz.

Para avaliar se a rotina está adequada à criança, alguns sinais podem ser observados. “O cansaço, o ritmo de sono e a alimentação e como a criança está respondendo a isso podem mostrar se ela está conseguindo se adaptar ou não. Às vezes, ela pode apresentar também problemas de retenção de fezes e dificuldades em usar o banheiro”, lembra a psicóloga Manuela Christ Lemos.

Competências

É preciso tentar manter o imprevisível dentro da previsibilidade. “As crianças chegam sem maturidade neurológica ou psicológica em um mundo social já construído. É a rotina que passa segurança e estabilidade e permite que meninos e meninas construam as próprias referências e desenvolvam autonomia”, diz Sandra. Além de questões do desenvolvimento cognitivo, uma rotina bem estabelecida também contribui para estimular competências sociais. Aí entram a pontualidade e a organização nos estudos ou no trabalho, por exemplo.

Para a psicóloga Manuela Christ Lemos, a rotina é essencial também para que a palavrinha mais falada nos últimos tempos relacionada à educação seja assimilada: limites. O hábito seria a base para estruturar os limites. Por meio da rotina, a criança aprende que não tem acesso a tudo o que quer, na hora que bem entende. “Assim ela vai aprendendo a vivenciar as frustrações e percebendo o que é realidade e possível e o que é fantasia ou desejo”, afirma a psicóloga, que é especialista em Terapia Cognitiva Comportamental.

Desde bem pequenos, Luanna e André, 11 e 9 anos, respectivamente, aprenderam com os pais que os compromissos não podem ser deixados para depois, como conta sua mãe, Sandra Mara Barbian, 44 anos. Enquanto André sofre para acordar cedo para as aulas de futebol, Luanna tem a semana dividida entre escola, natação, catequese e aulas de inglês. Mas há espaço para ajustes em alguns horários. “Eles reclamam quando estão cansados para estudar e pedem para continuar no dia seguinte. Às vezes paramos para relaxar e retomamos depois. Mas eles estão bem cientes de que não têm outro caminho: é preciso estudar”, diz.


PARA REFLEXÃOCRÔNICA- "VAMOS COMIGO, FILHO!" – uma reflexão sobre a pós-modernidade - nova  crônica  do  Prof.  Cláudio  Silva

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domingo, 6 de maio de 2012

MÚSICA E EDUCAÇÃO - Barra Mansa, a cidade da música: 22 mil alunos e orquestra sinfônica completa


Como o município fluminense se tornou polo de música erudita, se antecipando à lei de ensino obrigatório de música nas escolas

Valmir Moratelli, enviado a Barra Mansa (RJ)

Texto:

 Foto: Selmy Yassuda Barra Mansa: mais de vinte mil alunos da rede pública têm aulas de música

Mozart mostrou habilidade musical para violino e piano já na infância. Notório também com o piano, Beethoven exibia seu talento já nos primeiros anos de vida. Entre os brasileiros, Carlos Gomes ainda criança revelou seu dom musical, incentivado pelo pai e depois pelo irmão. Heitor Villa-Lobos foi, desde cedo, doutrinado em estudos de instrução musical. Violoncelo foi seu primeiro instrumento.

O que a biografia dos gênios da música instrumental ensina é que, quando mais cedo se reconhece e incentiva o talento precoce, maiores as chances de se trilhar uma carreira musical. E o município de Barra Mansa, a 110 quilômetros do Rio de Janeiro, soube colocar isso em prática. Criado inicialmente pela prefeitura em 2003 e mantido com ajuda da iniciativa privada com incentivo da Lei Rouanet, o projeto “Música nas Escolas” é o orgulho dos 170 mil habitantes da localidade, que tem a impressionante marca de um estudante de música para cada grupo de oito moradores.

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Na verdade o projeto se antecipou em cinco anos à criação da lei nº 11.769, de agosto de 2008, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), nº 9.394, tornando obrigatório, no prazo de três anos, o ensino de música no ensino fundamental e médio em todo o País. As contas da prefeitura dizem que todos os 22 mil alunos das 72 escolas da rede municipal têm aulas de música, do pré-escolar ao nono ano do ensino fundamental.

Além disso, Barra Mansa é o único município do interior fluminense que ostenta uma orquestra sinfônica com cem músicos contratados. No ano passado o grupo acompanhou o balé russo Kirov pelo País e, de 9 a 22 de julho, vai estar junto com a turnê nacional do balé do Teatro Alla Scala de Milão. “O que começou como um projeto social passou para um novo estágio, de profissionalização dessa mão de obra formada em música. Barra Mansa quer se tornar a capital na música erudita no Brasil”, afirma o maestro Vantoil de Souza, diretor do projeto e controlador geral do município, também responsável pela criação de polos de formação nas escolas. “Os que têm aptidão destacada nas salas de aula vêm aqui para o centro”, continua.

O “centro” - ou sede do “Música nas Escolas” - é a antiga vila militar, arrendada pela prefeitura para abrigar dezenas salas de aula, agora revestidas com todo cuidado de acústica, ar condicionado e mobiliário apropriado. Com tanta gente formada em música, foi preciso criar vários seguimentos musicais. Além da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, há também a Orquestra Infanto-Juvenil, a banda Sinfônica, a Banda Sinfônica Infanto-Juvenil, a Orquestra de Jazz, a Orquestra de Metais e o grupo Drum-Latas (com objetos reciclados). “Não queríamos um projeto social, porque depois que o jovem chega aos 18 anos, é posto de volta nas ruas, sem perspectiva. Queríamos uma capacitação permanente e valorizada no mercado de trabalho”, define Vantoil.

 Foto: Selmy Yassuda Os músicos da Orquestra Sinfônica têm carteira assinada e ganham salários que variam de R$ 800 a R$ 1600

Iniciação musical

Na escola Doméstica Cecília Monteiro de Barros, que funciona como semi-internato para crianças carentes, o primeiro contato dos jovens com a música é através do pífaro. . A partir dos 6 anos, as crianças aprendem a ler partituras e manusear o instrumento de sopro. O professor Felipe Prudente, formado pelo projeto, salienta que neste momento inicial de aprendizagem, eles aprendem as coordenadas necessárias para as próximas lições. “Aqui já ganham noções de coordenação motora, desenvolvimento físico e mental, respiração, escuta auditiva e percepção musical”, lista. 


“A música traz maior socialização, hábito de leitura e disciplina”

A reportagem do iG acompanhou algumas aulas em diferentes escolas da rede pública do ensino. Constatou que, diferentemente da algazarra normal pelos corredores no intervalo das aulas, por lá os alunos se mantêm mais disciplinados. “A música traz maior socialização, hábito de leitura e disciplina. É nítida a queda brusca de repetência desde que o projeto foi implantado. É uma média de duas repetências por ano em toda a escola, número baixíssimo”, diz Edilene Reis, diretora da instituição.

Além do pífaro, os alunos também têm, uma vez por semana, aula de canto. Dezesseis escolas do município selecionam dez estudantes cada para formar um coral de 1600 vozes. “O maior desafio, logo de início, é ensinar como a música funciona. As aulas precisam ser divertidas, para que haja prazer naquilo que estão aprendendo. Tanto que há fila de espera nas aulas de coral. Todo mundo quer ser cantor”, continua a diretora.

O “berçário” de novos músicos está no pré-escolar, como os professores gostam de dizer. Na escola municipal Belo Horizonte, bairro pobre do município, voltada ao ensino de crianças de até 5 anos, as turmas se dividem em aulas de iniciação musical. Com auxílio de um rádio, a professora repassa canções e distribui pequenos instrumentos para que a garotada tenha contato com o que, mais à frente, servirá de base para as aulas específicas.


Foto: Selmy Yassuda A reportagem do iG acompanhou uma das aulas de pífaro em Barra Mansa

De oboé a tuba

Pontualmente às 14h, todas as quartas e sextas, os integrantes da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa se reúnem no salão principal da vila militar. No ensaio que a reportagem do iG acompanhou, estavam presentes: dois fagotes, um contra fagote, dois trompetes, quatro trompas, um tímpano, nove contrabaixos, dez violoncelos, 11 violinos de primeira, 12 violinos de segunda, oito violas, dois oboés, duas flautas, duas clarinetas, três trombones e uma tuba. 

“Aos fins de semana tem um pedaço da orquestra em cada igreja, em cada festa”

O maestro Guilherme Berstein passa trechos da primeira sinfonia de Brahms. Nas salas ao redor, acontecem aulas individuais. Em uma delas, Jeferson Souza, de 20 anos, ensaia com o fagote. “Comecei com clarineta, aos 11 anos, ainda na escola. Mas fagote é o meu instrumento”, comenta o jovem, que cursa graduação em música na UFRJ. “Três vezes por semana vou ao Rio para as aulas da faculdade. É bom porque complemento aqui o que aprendo lá”, continua.

Os músicos da Orquestra Sinfônica têm carteira assinada e ganham salários que variam de R$ 800 a R$ 1600. Ainda é um valor muito aquém do que paga a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), por exemplo. Um músico da OSB ganha, em média, salário de R$ 10 mil. “Mas aos fins de semana tem um pedaço da orquestra em cada igreja, em cada festa. Todo mundo contrata a gente para tocar nos casamentos, aniversários de 15 anos. É bom porque aumenta a renda”, diz Lucas dos Santos, dono de uma clarineta de R$ 7 mil. Os instrumentos, aliás, são todos doados. Uma trompa não sai por menos de R$ 18 mil. Um violino varia de R$ 4,5 mil a R$ 6 mil.


Foto: Selmy Yassuda Guilherme Portilho, de 9 anos, apesar da baixa estatura, consegue tocar harpa com firmeza

Folclore irlandês

O pequeno Guilherme Portilho, de 9 anos, não toca os pés no chão ao se sentar diante do piano. Mas dá conta do recado. Há dois anos estuda com a professora Sulamita Lage duas vezes por semana. “Assim como outros de sua idade, Guilherme já detém grande percepção musical e, por isso, está passando por várias aulas diferentes”, diz a professora. Entusiasmado para mostrar o que sabe fazer, enquanto é fotografado Guilherme toca a canção “Gaita de Foles”, típico folclore irlandês. Entre as suas aulas preferidas, está a de harpa. O instrumento é o xodó do projeto. Custou R$ 250 mil e foi doado, recentemente, por uma das empresas apoiadoras.

Jonathan Nicolau, de 20 anos, se orgulha de falar que é músico por profissão. Toca trompa há sete anos. “Tocava trompete, mas meu irmão me incentivou e achei bonito este som. Meus pais, que nunca tiveram oportunidade de completar os estudos, me incentivaram a seguir em frente”, conta ele. Única da família a seguir carreira musical, Bruna Feliz, de 22 anos, enche os olhos de lágrimas ao falar da alegria que é tocar violino para a mãe. “Quando chego em casa, ela sempre pede para eu fazer uma apresentação. Ela fica me vendo ensaiar também, adora. É um incentivo a mais”, diz.


Foto: Selmy Yassuda As salas da antiga vila militar receberam tratamento acústico

Menos violência
Andando pelas praças e pelo comércio local, as histórias mais ouvidas são relacionadas à música. “A cidade mudou desde que os jovens passaram a se envolver com os violinos”, conta a bióloga Isabela Gomes. Vantoil de Souza, diretor do projeto, diz que há outros ganhos embutidos nesta cadeia musical. 

“É pensamento antigo achar que música clássica é da elite”

“Estamos formando um público exigente para a música, com bons ouvidos. Nem todos que estudam música terão aptidão para seguir em frente, mas vão saber diferenciar os tipos de acordes. É um ganho para a sociedade”, afirma. Dados da prefeitura mostram redução de 90% de casos de violência envolvendo menores desde 2003, quando o programa foi implantado.

A cidade, que não tem teatro e conta apenas com duas salas de cinema, ainda não oferece ao público uma sala de concertos. As apresentações são em igrejas e praças públicas. E para quem acha estranho que a população almeje primeiro a sala de concertos do que mais opções de cinema, a resposta vem em uníssimo. “É pensamento antigo achar que música clássica é da elite. Elite é carnaval carioca, que custa uns R$ 500 para assistir. Vá ao Theatro Municipal do Rio e pagará R$ 30 para ver uma boa ópera”, contabiliza o maestro Guilherme Berstein, que também é professor de regência da Uni-Rio.

O empenho dos jovens de Barra Mansa já começa a render resultados internacionais. Saído do projeto, Marcos Lemes hoje é violinista da Academia Filarmônica de Israel. “Não tenho dúvidas de que em alguns anos teremos esta garotada toda compondo. Não podemos sonhar com um segundo Villa Lobos se antes não for dado o primeiro passo. É uma longa caminhada”, diz Berstein.

PARA REFLEXÃO: CRÔNICA- "VAMOS COMIGO, FILHO!" – uma reflexão sobre a pós-modernidade - nova  crônica  do  Prof.  Cláudio  Silva


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É DE ESCOLA PÚBLICA - Primeiro lugar em curso mais disputado da USP é de escola pública

Entre os 28% que passaram na universidade tendo sido alunos do sistema público, um foi o melhor no curso mais concorrido


Wellington Ramalhoso, especial para o iG, em São Carlos | 06/05/2012 07:00:42


Passar na Universidade de São Paulo (USP) tendo estudado em escola pública já é difícil - apenas 28% dos aprovados deste ano vieram do sistema público. No curso mais concorrido da instituição, as chances caem. O que dizer então de ser o primeiro colocado na carreira que tinha o maior número de concorrentes por vagas? Foi o que fez Matheus Fidélis da Cunha, um jovem mineiro de 18 anos que obteve que obteve a primeira colocação no curso de Engenharia Civil do campus São Carlos, o mais disputado na última edição da Fuvest, com uma relação de 52,27 candidatos por vaga.

Foto: Wellington Ramalhoso Matheus Fidélis da Cunha na USP São Carlos, a mais de 700 quilômetros de Guiricema

Nascido na pequena Guiricema, de 8.700 habitantes, situada na Zona da Mata mineira, a 310 quilômetros de Belo Horizonte, Matheus da Cunha teve toda sua formação no ensino público. Na Fuvest, o vestibular da USP, ele contou com pontos de bonificação na nota proporcionados pelo Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP).

Criado em 2006, o Inclusp ainda não conseguiu elevar significativamente o percentual de calouros procedentes do ensino público na universidade. O aumento registrado neste ano veio depois de dois anos de queda e não foi suficiente para retomar o patamar de 30% alcançado em 2009. O índice de 2012 (28%) é pouco superior aos 26,7% registrados em 2005, quando o programa de inclusão ainda não existia.

Dados divulgados pela USP mostram que a procedência escolar do aluno tem relação com a renda familiar: em geral, os estudantes vindos das escolas públicas tem renda mais baixa. No Inclusp, os alunos com renda familiar mensal na faixa de três a cinco salários mínimos representam 28% e formam o maior grupo entre os beneficiados. Na média geral dos calouros da USP, os que estão nessa faixa de renda representam somente 19%.

A trajetória de Matheus mostra uma sequência de bons resultados fundamentados pela educação pública. Em sua cidade natal, ele estudou na escola estadual Galdino Leocádio, da 1ª até a 5ª série; e na escola estadual Prefeito Antonio Arruda, o restante do fundamental. Segundo o campeão da Fuvest, a escola Antonio Arruda é uma referência regional. “O colégio funciona como um polo da região. Lá, para conseguir estudar da manhã, tem que ter as melhores notas. Se você tirar nota pior, se bombar, cai para o turno da tarde. E quem é da tarde, com a melhor nota, vai para a manhã”.

Primeira mudança: de Guiricema para Viçosa

Ainda na 8ª série, o bom desempenho escolar e a vontade de alçar voos maiores fizeram Matheus sair de Guiricema. Por seis meses, ele ia de ônibus, no período da tarde, à cidade vizinha de Visconde do Rio Branco onde fazia um cursinho preparatório para o processo de seleção do Coluni, o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa. Aprovado para entrar no colégio, mudou-se em 2009 para Viçosa, cidade mineira de 72 mil habitantes, a 42 quilômetros de Guiriçema.

Nos últimos quatro anos, o Coluni obteve a posição de melhor escola pública do país no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, tem sido a única pública a permanecer entre as dez melhores do país, infiltrando-se entre as escolas privadas mais bem avaliadas. Em 2009, ficou em oitavo lugar. Em 2010 e 2011 foi a nona melhor instituição.


Foto: Arquivo pessoal Gincana no Colégio Coluni, de Viçosa, o melhor público do País


Os colégios de aplicação mantidos por universidade federais no país contam com uma estrutura difícil de ser alcançada pelas escolas estaduais, mas podem, ainda assim, servir como modelo para os sistemas de ensino administrados pelos governos dos estados. No Coluni, por exemplo, os professores trabalham em regime de dedicação exclusiva. “O colégio não é focado somente no vestibular. Eles dão a matéria muito aprofundada nos três anos. Chegam a dar conteúdo que a gente tem na faculdade. As provas são baseadas em questões da Fuvest e de outros vestibulares. Tem um grande mérito dos professores também porque a grande maioria tem mestrado e doutorado. Eles ficam o dia todo no colégio e tiram dúvidas dos alunos fora do horário de aula”, conta Matheus.

De Viçosa para Engenharia na USP de São Carlos

Ele chegou a São Carlos com maturidade para encarar a vida universitária. “A gente amadurece muito no Coluni. Não existe uniforme, não existe horário para você entrar e sair do colégio, então você passa a controlar seu estudo, passa a ter mais responsabilidade. Você pode chegar na hora que quiser, como se fosse uma universidade. Só não pode interromper uma aula”, descreve. “Outro benefício: quem estuda no colégio tem direito a tudo o que a universidade oferece. Tem livre acesso à biblioteca, pode pegar qualquer livro, tem direito ao restaurante e às áreas esportivas da universidade.”

Pelo bom desempenho no colégio, Matheus recebeu ofertas de bolsas de estudo dos cursinhos particulares de Viçosa. Aceitou uma delas e, por seis meses, em paralelo ao terceiro ano do Ensino Médio, frequentou um cursinho pré-Enem na cidade. “Mas nunca deixei de sair com meus amigos no fim de semana. Porque só estudar acaba te desgastando demais”, ressalva o estudante, que gosta de jogar futebol.

1º também na UfsCar e na UFJF

Com facilidade nas disciplinas de exatas e fascínio por obras civis de grande porte, ele escolheu o curso de Engenharia Civil em todos os processos seletivos universitários de que participou. Além da USP, o jovem mineiro ficou em primeiro lugar na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e na UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora). Foi o quinto colocado na Unicamp e na UFV (Universidade Federal de Viçosa) e também passou na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). “Esperava passar em algumas universidades, mas em primeiro lugar jamais, principalmente na USP. Você fica naquela expectativa de passar e na hora vê que deu certo e ainda em primeiro lugar. Foi muita felicidade.”

Claro que Matheus não é um caso isolado de aluno do Coluni com êxito nos processos seletivos das universidades. “O Coluni tem um índice de aprovação gigantesco, beira os 90%. E é muito raro um aluno de lá fazer faculdade particular. Todo mundo foca nas universidades públicas”, diz o estudante.

Comemoração, dúvida e receita

Depois do êxito nas provas de importantes universidades do país, o garoto prodígio foi festejado em Guiricema. “Acho isso incrível na cidade pequena: as pessoas podem não ter parentesco nenhum com você e ficam felizes. Ganhei um cartaz do pessoal. Fizeram um banner, uma faixa falando das aprovações, parabenizando. E não são familiares. Todo mundo que me via dava parabéns.”


Com tantas aprovações, bateu a dúvida sobre onde fazer faculdade. Chegou a fazer matrícula na Federal de Viçosa. Depois, matriculou-se na USP São Carlos sem ter certeza de que viria para o interior paulista. Pesava a favor de Viçosa a proximidade da família e de amigos, mas acabou optando pela USP. “O diferencial para eu escolher a USP foi a expectativa de oportunidades de intercâmbio e trabalho. Também peguei conselho com um professor da Federal de Viçosa que fez pós-graduação aqui. Ele falou que o curso da USP era mais desenvolvido. E a voz de quem estudou nas duas universidades pesa bastante.”

Para o futuro engenheiro, a receita para melhorar o ensino público do País tem dois ingredientes essenciais: a valorização do professor e a utilização de bons materiais didáticos. Se as escolas puderem contar com estrutura tecnológica, melhor ainda. “É absurdo um professor ter de dar aula em três escolas para conseguir acumular alguma renda. Eu vi no colégio que dá certo o professor ficar em tempo integral. Se isso acontecesse em todas as escolas, já seria uma melhoria incrível porque o professor teria tempo e poderia oferecer mais aos alunos.”

PARA REFLEXÃO: CRÔNICA- "VAMOS COMIGO, FILHO!" – uma reflexão sobre a pós-modernidade - nova  crônica  do  Prof.  Cláudio  Silva

Mais crônicas do  Prof. Cláudio  Silva em: http://profclaudiosilva.blogspot.com.br/2011/10/cronicas-sobre-educacao-do-prof-claudio.html

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