domingo, 29 de abril de 2012

Prof.Cláudio Silva: MBA EM GESTÃO TRIBUTÁRIA - UNIVEL ( Cascavel - P...

Prof.Cláudio Silva: MBA EM GESTÃO TRIBUTÁRIA - UNIVEL ( Cascavel - P...: Prof. Cláudio  Silva ministra "Workshop"  de  Metodologia  e  Didática do  Ensino  Superior ...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Há 10 anos a língua brasileira de sinais promove inclusão (MEC)

Há dez anos, a língua brasileira de sinais (libras) passou a ser reconhecida como meio legal de comunicação e expressão pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Passada uma década, observa-se maior inclusão de pessoas com deficiência auditiva nas escolas regulares.

Dominar a libras permite às pessoas com deficiência auditiva ter maior autonomia, independência social e cidadania. A política de educação inclusiva, adotada pelo Ministério da Educação, orienta os sistemas de ensino para garantia do ingresso dos estudantes com surdez nas escolas comuns, mediante a oferta da educação bilíngue, dos serviços de tradução e de interpretação de libras-língua portuguesa e do ensino de libras.

De acordo com a diretora de políticas de educação especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, Martinha Clarete Dutra, o ensino da libras é parte do processo de organização do sistema de ensino inclusivo. “Para que a educação seja, de fato, um direito de todas as pessoas, é preciso que os sistemas de ensino identifiquem e atendam as especificidades educacionais dos estudantes”, disse a diretora.

Para a efetivação da educação bilíngue, o Ministério da Educação desenvolve programas e ações, em parceria com os sistemas de ensino. O curso de formação inicial de professores em letras-libras para promover a formação de docentes para o ensino de libras foi instituído por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e mantém 18 polos. Em 2010, mais dois cursos foram criados pelas instituições federais de Goiás e Paraíba, nas modalidades presencial e a distância.

O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) criou o curso de pedagogia bilíngue libras-língua portuguesa para expandir a educação inclusiva. Ele conta com a matrícula anual de estudantes surdos e ouvintes.

O Programa Nacional para a Certificação de Proficiência no Uso e Ensino da Libras e para a Certificação de Proficiência em Tradução e Interpretação da Libras-Língua Portuguesa (Prolibras) promove dois exames periodicamente. Um deles, voltado para o ensino médio e superior, certifica professores para a aplicação e o ensino da libras em sala de aula. Outro capacita profissionais em tradução e interpretação da libras. Até 2010, foram realizadas cinco edições do exame em todo território nacional e certificados 6.100 profissionais.

O panorama da inclusão nas escolas comuns da rede pública vem se modificando. O número de matrículas de estudantes que formam o público alvo da educação especial em classes comuns passou de 28% em 2003 para 74% em 2011. No mesmo período, o número de escolas de educação básica com essas matrículas passou de 13.087 para 93.641.

Diego Rocha

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - Programa Mulheres Mil ganha mais 101 núcleos em todo o país (MEC)


O programa Mulheres Mil do Ministério da Educação vai chegar a mais 101 unidades de institutos federais de educação, ciência e tecnologia e contemplar 24 unidades da Federação. Os institutos foram convocados por chamada pública a apresentar propostas de adesão ao programa.

A Chamada Pública nº 1/2012, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, é a segunda referente ao programa Mulheres Mil, que atende a mais de 10 mil brasileiras em situação de vulnerabilidade social em 112 unidades de institutos federais de todo o país. Cerca de 20 mil vagas devem ser abertas este ano.

Cada núcleo do programa receberá R$ 100 mil para iniciar as atividades de atendimento. O valor será aplicado no auxílio financeiro às pessoas atendidas (R$ 70 mil); compra de uniformes (R$ 8 mil) e de material para realização do curso (R$ 10 mil); aquisição de equipamentos, estruturação do acolhimento às beneficiárias e coordenação das atividades (R$ 12 mil).

Na escolha dos novos núcleos foram considerados critérios como distribuição regional das unidades de ensino, localização em município integrante dos Territórios da Cidadania (formados por regiões de baixo índice de desenvolvimento humano [IDH], com semelhantes características econômicas e culturais) e concentração de pessoas em situação de extrema pobreza. Os novos gestores do programa, dois por campus, passarão por curso de capacitação no final de maio e início de junho.

Integrante do plano Brasil sem Miséria do governo federal, o Mulheres Mil foi implantado como projeto-piloto, em 2007, em 13 estados do Norte e do Nordeste. O programa prevê a elevação de escolaridade, associada à formação profissional de brasileiras de baixa renda. Em cada localidade, são atendidas as carências das comunidades. A oferta de cursos está alinhada à vocação econômica regional.

As instituições que não foram contempladas na seleção têm até sexta-feira, 27, para pedir a revisão dos projetos. O resultado da chamada pública está na página do Ministério da Educação na internet.

Danilo Almeida

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Ciência sem Fronteira incentiva aluno a estudar no exterior (AGÊNCIA BRASIL)

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O programa do governo federal Ciência sem Fronteira está incentivando as universidades a enviar alunos para instituições de ensino em outros países. A meta da Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, é ter 10% dos seus 35 mil alunos estudando no exterior até 2014, incluindo outros programas de concessão de bolsas.

O reitor da UFF, Roberto Salles, destacou que o objetivo é permitir que o estudante traga na bagagem conhecimentos amplos sobre o mundo, traduzindo a experiência em soluções inovadoras para o país.

“O programa Ciência sem Fronteiras visa à internacionalização da universidade. Sempre existiu intercâmbio na pós-graduação, que tem mecanismos próprios. Na graduação é inédito. Isso é importantíssimo porque nossos alunos têm que conhecer a realidade de outros países, absorver conhecimento, especialmente a ciência, a tecnologia e a inovação”, disse Salles.

Ele participou da abertura da Conferência das Américas sobre Educação Internacional, que reúne pesquisadores e reitores de universidades brasileiras e de outros países, de hoje (25) até a próxima sexta-feira (27), no Rio. Nesta edição, o encontro aborda a internacionalização como componente essencial na educação.

Salles destacou que a busca pela inovação é fator determinante para um país que busque o desenvolvimento. “Inovação não é só modernizar uma máquina, uma boa idéia economiza muitos recursos. Mas se não resolvermos a questão do salário do professor, do ensino básico até a universidade, estaremos brincando de educação.”

O reitor disse que a UFF iniciou um programa de ensino de línguas estrangeiras gratuito aos alunos. O programa, a seu ver, possibilitará que os candidatos sejam bem sucedidos na obtenção das bolsas. O Ciência sem Fronteiras oferecerá, até 2014, 101 mil bolsas para estudantes de graduação e pós-graduação em outros países.

Edição: José Romildo

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Dilma agradece Canadá por 12 mil bolsas de estudo (O GLOBO)

Intercâmbio no programa ciência sem Fronteiras inclui curso e estágio

Catarina Alencastro
Luiza Damé
Publicado: 24/04/12 - 17h35

 BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff esteve nesta terça-feira com o governador-geral do Canadá, David Johnston, de quem recebeu a oferta de abrir 12 mil bolsas para o programa Ciência sem Fronteiras, que levará 100 mil estudantes brasileiros para cursos no exterior. No caso do Canadá, os brasileiros farão, além dos cursos, estágios em empresas daquele país. As vagas são nas áreas de ciências exatas, engenharia, medicina e ciência da computação.

- Acredito que essa oferta do Canadá é das grandes contribuições individuais de um país para o nosso programa - afirmou Dilma, ressaltando que o Canadá tem grandes instituições de ensino e que a dobradinha entre academia e estágio profissional será um diferencial na formação dos brasileiros.

Para participar do programa, o estudante brasileiro tem que ter boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): no mínimo 600 pontos. Premiação nas Olimpíadas da Matemática também conta pontos na concorrência, que vai até 30 de abril.

Dilma também agradeceu o chefe de estado canadense por uma ajuda que aquele país deu ao governo em outro programa, o Mulheres 1000, de capacitação profissional voltada para as mulheres. O programa conta com tecnologia canadense e faz parte do plano Brasil sem Miséria. Segundo o governo, 20 mil mulheres já foram beneficiadas com cursos profissionalizantes.

Em troca, Johnston elogiou o Brasil e disse que há muitas lições a serem aprendidas com o país:

- O mundo precisa que o Brasil tenha sucesso. Vocês têm muitas lições a ensinar ao mundo, como construir uma sociedade saudável - afirmou.
 

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Formação do professor dentro da escola é falha (IG)

Por lei, um terço da carga horária do educador deveria ser para atualização, mas na prática tempo não existe ou é mal usado

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 25/04/2012 07:00:17

Texto:

“Estou há 23 anos em sala de aula. Durante todo esse tempo não presenciei HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo) que faça justiça ao nome”. O desabafo feito pela professora Vilma Nardes Silva Rodrigues expõe uma das principais dificuldades que o educador enfrenta para realizar um bom trabalho: a formação interna na escola, que deveria ser rotineira, ora não existe, ora se deturpa. A questão é tema da terceira reportagem da série do iG sobre como o professor tem pouca chance de aprender a ensinar.

Foto: Cinthia Rodrigues/iG Professores expõem entendimento sobre portfólio após formação em escola da rede paulistana

Em tese, a carreira dos mestres é estruturada para que ele se recicle e estude como ajudar seus alunos durante todo o tempo em que estiver na ativa. A necessidade de aprender constantemente é tão clara – ao menos na teoria – que existe legislação para garanti-la.

Por lei, um terço da carga horária remunerada do professor deve ser destinado a atividades extra-classe. Cabe neste tempo a correção de provas e trabalhos e o planejamento pedagógico, mas a recomendação do Conselho Nacional de Educação é de que os profissionais se reúnam para discutir dificuldades e soluções pedagógicas.


A maioria das redes públicas sequer cumpre a lei. Em vez de reservar 33% do tempo para que os docentes se preparem e dêem boas aulas nos outros 66%, prefeituras e Estados esperam que os profissionais já cheguem preparados. “As pessoas acham que o professor é um ser que nasce pronto. Longe disso, todos os dias há um duro trabalho de buscar novas formas de ensinar a partir do diagnóstico dos alunos, que também é trabalhoso”, diz Norman Atkins, presidente da Escola de Educação Relay, nos Estados Unidos, e um dos principais críticos ao ensino apenas teórico que os professores recebem.

Mesmo no tempo destinado à formação, poucas escolas se dedicam a encarar as dificuldades pedagógicas que os professores estão enfrentando. “Por mais que estas reuniões sejam marcadas, o conteúdo é sempre de informes sobre datas, procedimentos e burocracias”, lamenta Vilma que dá aulas em escola estadual, municipal e particular em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Ela conta que o tempo previsto fora de sala nas redes públicas - que não chega a um terço das aulas, mas existe – sempre tem um roteiro definido por governo ou direção. “Quando, muito esporadicamente, o tempo é para formação, a equipe se reúne sem saber o que está ocorrendo com as turmas e o tema acaba sendo um texto, uma apostila genérica, assuntos distantes do contexto da aula.”

Em uma das melhores escolas municipais de São Paulo, a Desembargador Amorim Lima, muitos professores estão prontos para admitir que não têm tempo suficiente para formação. O iG acompanhou um dia de reunião na unidade durante a semana de organização escolar, que antecede o início das aulas.

Os professores foram agrupados por módulos e passaram a maior parte do tempo ajustando horários, turmas e como funcionaria a recuperação paralela. À tarde, houve um exercício em grupo com a leitura de um texto sobre portfólio, proposto pela consultora voluntária, Fátima Pacheco, uma das fundadoras da Escola da Ponte (instituição em Portugal que conquistou alunos ao substituir a divisão tradicional em turmas e disciplinas por projetos).
 


Foto: Cinthia Rodrigues/iG Consultora Fátima Pacheco (em pé de óculos) sobre portfólio: "É algo que deveria ser trabalhado toda semana, mas a maioria das escolas que visito no Brasil não usa bem"

                                                                                                                                                          Todos estavam acostumados com a palavra portfolio no sentido burocrático, ou seja, sabiam que se tratava de um documento sobre o desenvolvimento da aula que deviam apresentar. Já o sentido pedagógico, de identificar o avanço e as dificuldades de cada aluno, pegou de surpresa vários professores. Ao final, os porta-vozes dos grupos admitiram que preenchiam o documento, mas não exploravam sua função. “É algo que deveria ser trabalhado toda semana para que os educadores pudessem se ajudar, mas a maioria das escolas que visito no Brasil não usa bem”, comenta a consultora.

A diretora da unidade, Ana Elisa de Siqueira, reconhece as dificuldades de formação. “O que posso lhe garantir é que nesta escola todos estão interessados em fazer o melhor. A Fátima é benvinda e ajuda muito, mas são tantos problemas para resolver, de toda ordem, que não conseguimos focar sempre no ensino-aprendizagem.”

Apostilas expõem carência

A educadora Paula Lozano, autora de uma pesquisa para a Fundação Lemann sobre o impacto da adoção de sistemas apostilados – que dão roteiros prontos para as aulas – acha que o resultado é mais uma prova da falta de formação dos professores. Segundo sua investigação, os municípios que usavam material padronizado conseguiram melhores resultados que os demais, apesar da qualidade questionável das apostilas e do impossível nivelamento que elas pressupõem.


“Alguns sistemas eram bem ruins e, mesmo assim, tiveram resultado melhor do que as aulas preparadas pelos docentes. Isso significa que muitos educadores não conseguem organizar exercícios e atividades para dar conta do conteúdo”, lamenta a educadora. Para ela, o Brasil devia admitir a carência na formação do professor e ampará-lo mais enfaticamente. “Na Finlândia, autonomia do professor é ótima, todos sabem como dar aulas maravilhosas. Aqui, nem tanto.

PARA REFLEXÃO: CRÔNICA- "VAMOS COMIGO, FILHO!" – uma reflexão sobre a pós-modernidade - nova  crônica  do  Prof.  Cláudio  Silva

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Professor não pode concorrer com a internet(IG)

Para especialistas, o apresentador de informações vai desaparecer, mas o educador que vai além delas é cada vez mais necessário

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 24/04/2012 07:00:05

Texto:

Imagine, em um mundo sem internet, o dia em que professores são avisados que dali para frente uma ferramenta de pesquisa permitirá aos seus alunos ler, assistir, ouvir e discutir sobre qualquer assunto. Qual seria a reação dos educadores? Para especialistas, há muito motivo para comemorar: a chance de obter êxito no aprendizado aumenta. Na vida real, a recepção não foi bem assim. A falta de adaptação do professor às novas tecnologias e ao aluno influenciado por elas são tema do segundo dia da série especial do iG sobre os problemas na formação do docente.

Como o professor deve lidar com a tecnologia?
Deve explorar o acesso e interesse que os alunos têm para sugerir trabalhos fora de aulaDeve introduzir ferramentas tecnológicas dentro da classeDeve ajudar o aluno a encontrar fontes confiáveis e fazer pesquisas na internetTodas as alternativas anterioresDeve ignorá-la. As aulas precisam ter o formato preservado

Incluída ou não na aula, presente ou não na escola, a internet faz parte da rotina dos alunos. Em 2008, quando apenas 23% dos lares estavam conectados segundo o Ibope, o instituto já apontava que 60% dos estudantes tinham acesso à rede de algum modo. Em pesquisa realizada nas escolas estaduais do Rio de Janeiro em 2011, 92% disseram estar online ao menos uma vez ao dia.

“O professor pode escolher como tratar a internet, mas não pode ignorá-la”, diz o pesquisador emérito de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal do Sergipe, Bernard Charlot. Ele vê duas possibilidades para o educador: fazer o que a máquina não sabe ou ser substituído.

“Ninguém pode concorrer com o Google em termos de informação. O professor que ia à frente da sala apresentar um catálogo vai desaparecer em 20 anos e ser substituído por um monitor”, afirma sem titubear, emendando um alento: “Por outro lado, o professor que ensina a pesquisar, organizar, validar, resolver problemas, questionar e entender o sentido do mundo é cada vez mais necessário.”

O pesquisador defende que o aparente problema de falta de entrosamento com a tecnologia na verdade é a lente de aumento que a internet colocou sobre a falta de formação para a docência. “Não é que o professor não sabe ensinar a pesquisar na internet, é que ele não sabe ensinar a pesquisar. Muitas vezes é mais simples ainda: o professor não sabe como ensinar.”


Para ele, a culpa não é do profissional, mas do sistema engessado que além de não formá-lo não o deixa fazer diferente. “Não faz sentido começar um trabalho na internet e, depois de 50 minutos, dizer: a gente continua semana que vem. Assim como cada professor cuidar de uma disciplina, como se os assuntos não fossem relacionados, ou tratar de temas sem mostrar na prática para que servem na sociedade tornam a escola sem sentido.”

A doutora em linguística e especialista no impacto da tecnologia na aprendizagem Betina von Staa também culpa principalmente o sistema de ensino pela falta de aceitação da tecnologia. “Muitos professores não aceitam trabalhos digitados apenas para evitar cópias. A preocupação é maior com o controle de notas do que com as possibilidades de aprendizado”, lamenta.


  Foto: O Dia Pesquisa em escolas públicas do Rio mostrou que 92% acessam internet todos os dias, em casa, na escola e até no celular

Na opinião dela, o aluno precisa de orientação para procurar informações confiáveis e questionar dados encontrados na internet. “Todas as pesquisas apontam que a tecnologia traz benefícios, porém desde que venha com formação dos professores para dar apoio.”

O Colégio Ari de Sá, em Fortaleza, é um exemplo de exceção na introdução da tecnologia na sala de aula. Além de equipamentos - lousas digitais, computadores e até tablets para os alunos que preferirem o equipamento aos livros - a escola tem formação para os professores diariamente e no contexto das aulas. O coordenador de informática educativa, Alex Jacó França, passa em cada sala tirando dúvidas dos professores e dá dicas de como incluir ferramentas online em cada tópico.

"Muitos temas que passariam sem grande interesse aos alunos acabam ganhando vídeos e experimentos que os marcam. Quanto mais o professor conhece, maior a liberdade que dá ao aluno no formato de suas pesquisas e melhor o aprendizado", garante o especialista. Para ele, mesmo nos casos em que as escolas não têm equipamento, o conhecimento do professor para incentivar o uso de tecnologias e a abertura para deixar os alunos irem além dos livros faz a diferença.

Durante fórum sobre tecnologia e educação promovido pela Blackboard no último dia 12, em São Paulo, educadores estrangeiros sustentaram opinião parecida. A diretora de avaliação da Universidad Cooperativa de Colômbia, Maritza Randon Rangel, afirma que a democratização do acesso à rede dá oportunidade para que mesmo escolas rurais e afastadas tenham desempenho equivalente às que estão mais próximas de recursos culturais e financeiros. “Tivemos êxito com isso na Colômbia, mas além das máquinas é preciso uma equipe com objetivos claros.”


Muitos temas que passariam sem grande interesse aos alunos acabam ganhando vídeos e experimentos que os marcam. Quanto mais o professor conhece, maior  liberdade dá ao aluno e  melhor o aprendizado",
Alex Jacó, coordenador de informática educativa

Já a pedagoga Patrícia Patrício, mestre em Formação de Professores pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autora do livro “São Deuses os Professores?”, defende que os educadores de sucesso conseguem êxito com ou sem ajuda da escola. “Em geral profissionais que se destacam fazem isso, apesar da escola”, conta.

É o caso de professores premiados em todas as edições das Olímpiadas Brasileiras de Matemática, como Antonio Cardoso do Amaral, de Cocal dos Alves, no Piauí, e Maria Botelho, de Uberlândia, em Minas Gerais. Ambos não têm formação ou estrutura tecnológica acima da média da rede pública nas escolas, mas incentivam os alunos a usá-la em casa e valorizam dúvidas e exercícios trazidos dentro ou fora do contexto da aula. “Às vezes chego em casa e um aluno me deixou uma dúvida no Facebook, eu adoro, significa que eles estão indo além da aula”, diz Botelho.

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Professores não são preparados para ensinar ( DO MOVIMENTO TODOS PELA EDUCAÇÃO )

Na faculdade, futuro professor gasta maior parte do tempo com "fundamentos teóricos". Acompanhe série especial com outros problemas

Fonte: iG


Um professor com poucas oportunidades de aprender a dar aula é como um médico que não sabe tratar do paciente ou um advogado que não conhece os caminhos para defender o réu. Mas o que parece tão contraditório é uma realidade no caso dos educadores. O problema é comprovado por pesquisas, práticas e maus resultados que são tema de série que o iG Educação publica de hoje até quinta-feira.

Em todas as etapas de formação, os docentes enfrentam restrições ao aprendizado do próprio ofício. A universidade reserva a menor parcela do curso a lições de como ensinar, a bibliografia sobre o assunto é desproporcional à demanda e o tempo de aprendizado dentro da escola – apesar de previsto em lei – é desviado para assuntos burocráticos.

Para piorar, o modelo pelo qual os próprios professores aprenderam e que muitos replicam há décadas empaca diante de uma geração moldada pela facilidade e rapidez de resposta da internet. “A sociedade não precisa mais de alguém que traga a informação. Isso o computador pode fazer. No entanto, a sociedade precisa cada vez mais de um mestre que ensine a pensar, a resolver problemas, a produzir conhecimento. Só que dificilmente o educador sabe como fazer isso”, resume o professor emérito em Educação na Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal de Sergipe, Bernard Charlot.

Na opinião dele, os problemas de formação são potencializados pela tecnologia a que os alunos têm acesso, mas continuam sendo os mesmos. “A questão não é se o professor sabe promover o aprendizado naquele ambiente, mas se ele tem repertório para ensinar em vez de reproduzir informação”, diz.

Pesquisas mostram que o problema começa enquanto o futuro mestre ainda é o aluno. A Fundação Carlos Chagas analisou detalhadamente os currículos de 94 faculdades de Letras, Matemática e Ciências Biológicas em todas as regiões do País por dois anos e concluiu que o “como ensinar” está longe de ser o foco dos cursos.

Em Letras, apenas 5,8% das aulas focavam em “didáticas, métodos e práticas de ensino”, em Matemática, 8% e, em Biológicas, 10%. Todo o restante do curso forma especialistas em cada área, explica o sistema educacional, expõe fundamentos teóricos ou mesmo apresenta “outros saberes”. A introdução de temas tecnológicos apareceu em apenas 0,2% dos currículos.

Os dados da pesquisa, publicada em 2008, até agora não geraram mudanças sistemáticas. Dentro de limites genéricos como “fundamentos teóricos” e “conhecimentos específicos”, as universidades têm autonomia sobre os conteúdos dos cursos e, como simples orientador, os governos que tomam iniciativas têm resultado tímido na mudança dos currículos de faculdades para professores.

No Espírito Santo, a gerente de formação do magistério da Secretaria de Educação, Tania Paz, chamou 33 faculdades para debater os resultados e propor mudanças. Só 23 aceitaram. Ao longo de um ano foram nove encontros em que a Fundação Carlos Chagas participou, mas ao final não é possível dizer se haverá alteração prática. “Mostramos para eles nossas necessidades em sala, mas dentro das instituições a decisão é dos coordenadores de curso”, afirma a gerente.

Para ela, a dificuldade na formação é a base da crise educacional que o País enfrenta. “Fizemos uma avaliação diagnóstica do que era preciso melhorar no sistema a partir das dificuldades dos alunos e a conclusão é sempre a mesma: o professor”, afirma, ponderando que o profissional é, ao mesmo tempo, vítima e reprodutor do problema. "Muitos já escolhem a profissão por não conseguir aprovação nas carreiras mais concorridas por conta de uma educação ruim que tiveram e vão perpetuar enquanto não conseguirmos buscar formas de compensação."

O Ministério da Educação também encontrou um problema ainda anterior aos currículos das faculdades: a falta de livros sobre didática. Um edital para compra de material aberto de 2008 a 2011 resultou em apenas 100 obras aprovadas, segundo o então ministro da Educação, Fernando Haddad. “Mundo afora, você vai ver que chega a centenas de milhares de títulos. No Brasil, se uma pessoa iluminada quiser fazer mudanças num curso de licenciatura, vai ter de forjar o próprio material”, comentou às vésperas de deixar o cargo, em janeiro.

Na época, ele dizia que a colaboração do governo federal seria montar uma prova para professor que seria baseada em didática e acabaria incentivando a mudança nos cursos. "Hoje, 70% dos concursos públicos para admitir educadores são feito de questões jurídicas. Está mais para teste da OAB do que docência", comentava. Até o momento, no entanto, não há anúncio oficial da avaliação anunciada há dois anos

Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/22414/professores-nao-sao-preparados-para-ensinar/

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MENSAGEM POSTADA NA SECRETÁRIA ELETRÔNICA DE UMA ESCOLA

Recebemos a  mensagem a  seguir da nossa  amiga  Professora Fernanda, e  postamos  pela  reflexão que proporciona:


Esta é a mensagem que professores de uma escola da Califórnia decidiram gravar na secretária eletrônica.
A escola cobra responsabilidade dos alunos e dos pais perante as faltas e trabalhos de casa e, por isso, ela e os professores estão sendo processados por pais que querem que seus filhos sejam aprovados mesmo com muitas faltas e sem fazer os trabalhos escolares.



Eis a mensagem gravada:

Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções:
-  Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho - tecle 1.
- Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa - tecle 2.
- Para se queixar sobre o que nós fazemos - tecle 3.
- Para insultar os professores - tecle 4.
- Para saber por que não foi informada sobre o que consta no boletim do seu filho ou em diversos documentos que lhe enviamos - tecle 5.
- Se quiser que criemos o seu filho - tecle 6.
- Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém - tecle 7.
- Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano –tecle 8.
- Para se queixar do transporte escolar - tecle 9.
- Para se queixar da alimentação fornecida pela escola - tecle 0.

- Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelos próprios comportamentos, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho NÃO é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!

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Programa de ensino vai levar 20 mil estudantes ao exterior ainda este ano, diz presidenta

23/04/2012 - 7h58

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (23) que o programa Ciência sem Fronteiras deve levar, ainda este ano, 20 mil estudantes ao exterior para cursos de graduação, doutorado e pós-doutorado. O programa está com inscrições abertas até a próxima segunda-feira (30), com bolsas de estudo em países como o Canadá, a Bélgica, Portugal e a Espanha. A meta do governo é selecionar 101 mil estudantes até 2014.

No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma avaliou o Ciência sem Fronteiras como uma das iniciativas mais importantes do governo. Ela lembrou que os estudantes selecionados terão contato com o que há de mais avançado em ciência e tecnologia. Os cursos escolhidos devem ser nas áreas de ciências exatas, ciências médicas, ciência da computação e engenharia.

“Quando esses estudantes voltarem, vão trazer conhecimento para aplicar aqui no Brasil e vão ajudar a nossa indústria e o governo a fazer tecnologias novas e a provocar processos de inovação dentro das empresas”, disse.

Segundo ela, o país já conta com quase 3.700 estudantes no exterior iniciando os cursos. Até o fim de abril, a meta é selecionar 10.300 bolsistas e, até junho, mais 6 mil bolsistas, totalizando 20 mil alunos beneficados.

A presidenta explicou que, para ser escolhido, o estudante deve conseguir mais de 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma premiação nas chamadas olimpíadas do conhecimento também pode ajudar a garantir uma vaga. É preciso ainda falar o idioma do país e ter boas notas, já que as universidades estrangeiras têm um processo interno de seleção bastante rigoroso.

“O critério de escolha do Ciência sem Fronteiras é o do mérito, que leva em conta o desempenho e o esforço do estudante. Com isso, estamos abrindo oportunidade a todos, inclusive para aqueles alunos de famílias pobres e que jamais conseguiriam pagar os custos de estudar no exterior”, concluiu.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: Agência Brasil

PARA REFLEXÃO:  CRÔNICA- "VAMOS COMIGO, FILHO!" – uma reflexão sobre a pós-modernidade - nova  crônica  do  Prof.  Cláudio  Silva 

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domingo, 22 de abril de 2012

Ética jornalística: uma reflexão permanente ( VEJA )

Eurípedes Alcântara, Diretor de Redação de VEJA
“A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Entrevistar o papa não nos faz santos. Ter um corrupto como informante não nos corrompe.”

VEJA nunca permitiu que suas páginas fossem usadas para outro fim que não a busca do interesse público. Sempre que uma denúncia é publicada, alguém ganha e alguém perde. Um ministro cai e outro ministro sobe. Um grupo político é prejudicado e outro grupo político é beneficiado. São consequências normais da divulgação de fatos verdadeiros. Em nosso trabalho cotidiano, essas circunstâncias são tão naturais para nós que nos dispensamos de discuti-las. Mas temos de concordar que as pessoas não diretamente envolvidas em nosso trabalho possam, de boa-fé, não entender completamente a natureza do bom jornalismo que praticamos em VEJA.  Refleti sobre nossos critérios, nossas relações com as fontes de informação, enfim, nossa missão jornalística. O resultado é o texto abaixo.

“O jornalismo é feito com fontes de informação. O jornalista não é pago para saber. É pago para descobrir. Por essa razão, as relações do jornalista com suas fontes merecem uma reflexão permanente.”

O jornalismo é feito com fontes de informação. O jornalista não é pago para saber. É pago para descobrir. Por essa razão, as relações do jornalista com suas fontes merecem uma reflexão permanente. Os profissionais de VEJA seguem as regras escritas da Editora Abril, cujo Código de Conduta estabelece: “O jornalista da Abril não tem relação de trabalho com, nem presta serviço, ainda que eventual, para qualquer pessoa, empresa ou entidade que seja, ou possa a vir a ser, fonte de informação. A Abril jamais paga entrevistados por informação de nenhuma espécie, de forma direta ou indireta. Sempre que possível, o jornalista deve pagar por almoços e jantares com fontes ou seus representantes. Cabe ao profissional e a sua chefia imediata definir as situações em que a aplicação desta regra pode afetar o relacionamento com a fonte.” Posturas Éticas – Guia para Jornalistas e Produtores de Conteúdo do Grupo Abril – Complemento do Código de Conduta.”

Em complemento ao Código de Conduta da Abril, a redação de VEJA em seu Plano Editorial anual reafirma que a “independência” é o maior valor de um jornalista da revista. Por independência, diz o Plano Editorial, entende-se que o repórter não aceita nenhuma barganha editorial com as fontes em troca de informações. Em nosso cotidiano, embora seja uma regra não escrita, sempre avaliamos as informações que recebemos das fontes tendo como único metro o interesse público que se confunde com o interesse jornalístico. Isso significa que as inúmeras informações pitorescas ou de caráter pessoal, comportamental ou sexual de autoridades e governantes que nos chegam na forma de fotos, vídeos e gravações nunca são usadas por serem ofensivas e nada ajudarem na compreensão dos fatos públicos.

“O ensinamento para o bom jornalismo é claro: maus cidadãos podem, em muitos casos, ser portadores de boas informações.”

Os jornalistas de VEJA estabelecem com suas fontes uma relação em que fica claro desde o primeiro momento que não se trata de uma relação de troca. A fonte não terá nenhum outro privilégio por fornecer informações, a não ser a manutenção do sigilo, caso isso seja do interesse dela. As fontes nunca são desinteressadas das reportagens com as quais colaboram fornecendo informações. Um corrupto que passa informações quer se vingar de outro corrupto ou espera atrapalhar o negócio do concorrente com o governo. Nos dois casos, o jornalista precisa ter noção exata do interesse da fonte e usar a informação quando e somente se a vinda dela à luz servir mais ao interesse público do que ao do próprio informante. Um assassino que revela na cadeia um plano para assassinar o presidente da República é possuidor de uma informação de interesse público – e pelo mecanismo da delação premiada ele pode ter sua pena atenuada ao dar uma informação que impeça um crime ainda pior do que o cometido por ele. Portanto, temos aqui uma situação em que a informação é de qualidade e o informante não, por ser um assassino. O ensinamento para o bom jornalismo é claro: maus cidadãos podem, em muitos casos, ser portadores de boas informações.

“Uma informação de qualidade é verificável, relevante, tem interesse público e coíbe a ação de corruptos.”

O repórter que se preza não despreza uma fonte de informação sobre casos de corrupção com base apenas no fato de que o informante é corrupto. Mas como se cativa e se mantém um informante desse tipo sem acenar com alguma vantagem para ele? O jornalista, consciente dos interesses subalternos do informante, deve tentar obter dele o que for relevante para o interesse público – e publicar. O mais provável é que o informante se sentirá gratificado por ter conseguido o objetivo de ver a informação tornada pública e o jornalista também terá cumprido sua missão de trazer à luz fatos que, de outra forma, nunca sofreriam o efeito detergente dos raios solares. Ao jornalista cabe distinguir:

A) se a informação é verificável;
B) se a informação é relevante e de interesse público;
C) se a vinda da informação a público ajudará a diminuir o escopo de ações dos corruptos, entre eles o próprio informante.

Cumpridas as três condições acima, a informação merece ser levada a sério, a despeito, repita-se, da estatura moral do informante.

O bom jornalista não se deixa paralisar estabelecendo como critério só ter como fontes pessoas que passem pelo crivo ético mais elevado. Isso não deve ser confundido de jeito nenhum com a ideia de que vale tudo. O critério de VEJA é claro. As informações precisam ser qualificadas, independentemente da estatura moral do informante. Pessoas de estatura moral questionável podem deter informações de altíssimo padrão de qualidade jornalística. Digamos que a informação trate de uma negociação de pagamento de propina. Quem tem mais condições de contar o que aconteceu? Quem estava lá ou quem não estava lá? A resposta é clara: quem estava lá, ou seja, um dos envolvidos.

Evidentemente, o critério acima não vale para fontes que queiram dar opiniões. Não abrimos espaço para pessoas de baixo padrão moral dar opiniões. No processo de coleta de opiniões, procuramos as mais qualificadas autoridades mundiais para entrevistar, onde quer que estejam. Se uma fonte moralmente discutível testemunhou um fato importante, quer contar o que presenciou e se o que ela narra é verificável por outros meios, consideramos que ela pode ter uma informação que vale a pena ser levada em conta. Se essa mesma fonte quiser dar uma opinião a respeito daqueles mesmos fatos, não aceitamos. A qualidade da informação pode independer da qualidade da fonte. Já a opinião é indissociável de quem a emite. A qualidade de quem opina afeta a qualidade da opinião.

“A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Entrevistar o papa não nos faz santos. Ter um corrupto como informante não nos corrompe.”

Esse ponto merece uma análise mais detida. Como o jornalista deve diferenciar sua relação quando uma fonte é, digamos, um economista respeitado e outra fonte é um criminoso? O jornalista deve ter em mente que ambos podem ser detentores de informações da melhor qualidade. O criminoso pode ter sido testemunha de um crime e seu depoimento pode ajudar a desbaratar uma quadrilha perigosa. Não se pode desprezar o que ele tem a dizer. É preciso ouvir, analisar, pesar, checar, contextualizar. Um economista respeitado, caricaturando, pode estar teoricamente equivocado sobre algum fenômeno ou pode estar a serviço de algum especial interesse econômico ou comercial. Enfim, ambos valem pelo teor, qualidade e grau de interesse da informação verdadeira de que são detentores. É preciso atentar para o fato de que, mesmo que a fonte seja um assassino esperando a execução de uma sentença de morte (exemplo verídico transformando no livro O Jornalista e o Assassino pela americana Janet Malcolm), ela merece ser tratada com respeito. Se a fonte não tem ética, isso é problema dela. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Entrevistar o papa não nos faz santos. Ter um corrupto como informante não nos corrompe.

Quando o jornalista lida com uma fonte que tem uma informação verdadeira, verificável e relevante, ele precisa ter consciência dos interesses particulares do informante. Deve avaliar se o interesse público maior supera mesmo o subproduto indesejável de satisfazer o interesse menor e subalterno da fonte. Se o resultado for positivo, a informação se candidata a ser publicada. Por isso, o jornalista não pode ser amigo de fontes. Não pode aceitar presentes, convites para viagens ou quaisquer outros agrados.

VEJA nunca publicou conteúdos de gravações obtidas ilegalmente, portanto o que segue aqui tem o objetivo apenas de refletir sobre certos limites. Quem se favorece conscientemente do produto de furtos, roubos ou outros crimes é potencialmente cúmplice do autor. Por essa razão, o jornalista que eventualmente receber uma gravação obtida ilegalmente e usá-la em uma reportagem pode estar se expondo aos rigores da lei. Desse modo, ele só deve dar esse passo arriscado quando o custo para a sociedade de desprezar o conteúdo da gravação for muito grande. Se o preço pessoal de evitar um crime ou uma sequência de crimes dando publicidade a gravações ilegais for incorrer em uma transgressão menor, o jornalista tem o dever de considerar correr esse risco. Em VEJA, casos assim jamais são decididos individualmente por um jornalista, mas pela direção da revista. O trabalho jornalístico envolve vários riscos. Como qualquer trabalho. Do cirurgião, do advogado. Do engenheiro. Se ele tomar todos os cuidados, os riscos serão minimizados, mas jamais eliminados. A primeira preocupação de VEJA ao ter acesso a uma informação é entender como a informação foi obtida.

Se a publicação do produto do crime tiver relevância para evitar crimes piores, e mesmo que isso ajude a vender revistas, não se incorre em falha ética. Se um jornalista furtar da pasta de uma pessoa, por exemplo, um plano para explodir a represa de Itaipu e se com a publicação do plano ele evitar o ataque terrorista - e ainda vender mais revistas –, a implicação ética lhe será altamente favorável.

“O bom jornalismo é uma atividade de informação mediada. O jornalista não é um mero repassador de declarações. Ele tem o poder discricionário de não publicar uma acusação ou uma ofensa grave.”

As informações obtidas com a garantia de manter o sigilo da fonte trazem desafios adicionais ao jornalista. As informações obtidas de fontes anônimas, que não podem ou não querem se identificar, devem ser usadas preferencialmente como confirmação de dados ou relatos já obtidos de outras fontes. Mas é um erro desprezá-las. Muitas vezes um informante testemunhou fatos relevantes e a única condição que coloca para narrá-los é a manutenção do sigilo sobre sua identidade. A regra básica para errar menos com o uso de fontes anônimas é ter em mente que o leitor pouco ou nada saberá sobre quem deu a informação, portanto o jornalista tem de saber tudo sobre a fonte. VEJA muitas vezes não tem meios de confirmar com outras fontes as informações passadas por uma fonte que pediu OFF.  Digamos que uma discussão entre duas pessoas seja contada em OFF por um dos participantes. VEJA não vai publicá-la se a outra pessoa não confirmar? Talvez sim, talvez não. Depende do conteúdo do diálogo passado. A lição é a de que o bom jornalismo é uma atividade de informação mediada.  O jornalista não é um mero repassador de declarações. Ele tem o poder discricionário de não publicar uma acusação ou uma ofensa grave. Se o custo de não publicar for prejudicial ao interesse público, o jornalista deve pesar os riscos e corrê-los se necessário. 

Uma fita contendo revelações importantes (depois de devidamente periciada e contextualizada) tem valor extraordinariamente maior do que uma frase acusatória, seja em OFF ou em ON. VEJA sempre pericia os diálogos gravados que publicou e guarda esses registros. VEJA já publicou diálogos que lhe foram entregues degravados sem ter tido acesso ao conteúdo original – mas o fez com absoluta segurança da origem do material. Existe uma diferença grande entre uma acusação em OFF e uma fita. A fita, muitas vezes, envolve um diálogo de duas pessoas acusando uma terceira – que pode ser inocente. E ela acaba sendo envolvida num escândalo involuntariamente. Isso raramente acontece na acusação, ainda que em OFF. Por isso, todo o cuidado é pouco com esse tipo de informação.

O documento (depois de periciado e contextualizado) tem valor exponencialmente maior do que uma informação oral, desde que o conteúdo de ambos seja equivalente em relevância. Mas às vezes um documento mente e a informação falada tem mais valor. Exemplo: como forma de mostrar seu distanciamento de uma denúncia de corrupção, o ministro envia um memorando cobrando de seu assessor informações sobre a irregularidade. Esse documento pode ser apresentado pela autoridade como prova de sua inocência. Uma apuração mais aprofundada pode provar que aquele documento não passava de uma armação. Ou seja, cada caso é um caso.

“A regra para lidar com gravações ilegais que registraram atividades de cidadãos ou empresas privadas em seus negócios particulares é: descartar sem ouvir ou assistir – ou, alternativamente, entregá-las às autoridades.”

A fita (periciada, contextualizada) tem muito valor. A perícia ajuda a mostrar se a fita chegou à redação em condições de ser usada como prova. Às vezes, as gravações são inaudíveis ou indecifráveis – ou a fita pode ter sido adulterada com o propósito de mudar o sentido das falas. Nesses casos, ela vai para o lixo.

É crucial enfatizar um ponto da mais alta importância. O que se discute aqui é a publicação de informações que dizem respeito à atuação de autoridades e suas relações com terceiros quando tratam de questões que envolvem dinheiro ou outros bens públicos. A regra para lidar com gravações ilegais que registraram atividades de cidadãos ou empresas privadas em seus negócios particulares é: descartar sem ouvir ou assistir – ou, alternativamente, entregá-las às autoridades.

“As informações são tratadas em VEJA como portas que se abrem para a obtenção de novas informações. Todas elas são checadas.”

Nenhuma reportagem de VEJA – com a exceção óbvia da entrevista das Páginas Amarelas – é feita com base em apenas uma única fonte de informação. As informações são tratadas em VEJA como portas que se abrem para a obtenção de novas informações. Todas elas são checadas, contextualizadas e comparadas, de modo que os eventuais erros que possam ocorrer sejam aqueles que conseguiram escapar de nossos rigorosos mecanismos de filtragem – e nunca resultado de má-fé.

São Paulo, 20 de abril de 2012

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/etica-jornalistica-uma-reflexao-permanente

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Veja dez atitudes para conseguir que seu filho obedeça e descubra se você age corretamente

Falar, mandar e repetir tudo de novo parece chato, mas muitas vezes é fundamental para a educação de uma criança. Não obedecer na primeira vez em que os pais chamam a atenção não significa que o filho está fazendo pirraça –mas é preciso cuidado para que não vire. "O processo de aprendizagem é contínuo e por isso precisa ser revisto sempre. Repetir muitas vezes para que a criança compreenda e execute uma determinada tarefa é comum", explica a psicóloga infantil Jéssica Fogaça.

Isso ocorre porque o processo de memorização se constitui aos poucos. "Iniciamos a fala com balbucios, depois com algumas sílabas para então chegar às palavras e, finalmente, às frases completas. O desenvolvimento humano é um processo repleto de etapas. Partimos das mais simples para as mais complexas",diz a especialista.

Uma coisa de cada vez
Se o filho não obedecer na primeira vez ou depois de tantas outras, o problema pode estar também na forma como a informação foi passada e não em seu conteúdo. Acontece de os pais falarem tanta coisa ao mesmo tempo que as crianças não memorizam tudo na hora. Ser claro e objetivo na solicitação e fazer um pedido apenas por  vez são os primeiros passos para o entendimento.

Desde cedo, as crianças aprendem que pai ou mãe não ficarão repetindo a mesma ordem, mas vão exigir obediência. "Geralmente, chegam aos cinco anos cedendo ao primeiro 'não'. A desobediência ocorre ainda porque este processo de repetição significa para o filho um meio de manter a atenção dos pais voltada para ele, que, em última instância, fica no domínio da situação", diz a psicopedagoga Maria Irene Maluf.

Pode ser que ele esteja fazendo pirraça para chamar a atenção. Se esse for o caso, cuidado: a criança entende que não obedecer vale a pena e que, em algum momento, vai tirar vantagem disso, afinal, os adultos vão se cansar e ela vai fazer o que quer, como um sinal forte de falta de limites.

Nada de barganha
Prometer um castigo e não cumprir é tão nocivo para a educação do filho quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem. "É preciso ser coerente na fala e pensar antes de dar a ordem e a consequência de seu não cumprimento. Ceder por insistência das crianças demonstra falta de autoridade e desfavorece as ordens", conta a psicopedagoga Maria Cecília Galelo Nascimento, professora da Unip (Universidade Paulista).

Dar mais liberdade e alternativas para os filhos agirem é bom desde que haja supervisão e que eles saibam que existem consequências boas ou ruins. "As crianças devem entender logo cedo que os pais mandam, têm maior conhecimento das coisas e são responsáveis por tudo o que fizerem. Pais são diferente dos irmãos ou dos amiguinhos", completa Maria Irene Maluf.

Lições para um filho obediente


1. Tenha certeza do que fala. Tanto da ordem que passou quanto de sua clareza e entendimento. Explique objetivamente o que espera que seu filho faça e o que pode acontecer se não obedecer.

2. Crianças contrariadas choram. Elas estão começando a viver dentro da realidade, o que nem sempre está de acordo aos seus desejos. Mas frustração, quando adequada à faixa etária, ensina a superar problemas no presente e no futuro, principalmente se os pais estiverem no comando.

3. Evite falar demais. Crianças não precisam de longos discursos sobre as razões pelas quais podem ou não fazer determinadas coisas. Basta falar: resolvi por que é melhor para você.

4. Saiba escutar seu filho. Ao dar a ordem, use de bom senso quando ele tentar negociar e chegar a um acordo. Assim, a criança se vê cumprindo a ordem e os pais ficam satisfeitos e com autoridade.

5. Cuidado com "sim" e "não". Eles devem ser definitivos, combinados entre os pais e longe dos filhos. Nada pior que um dos pais tirar a autoridade do outro.

6. Seja sensato e firme. Demonstre autoridade com uma fala objetiva e com tom de voz firme, porém amigo. Aja com bom senso ao dar uma ordem. De nada adianta pedir algo que está além da capacidade da criança.

7. Fique em alerta com a desobediência frequente. Isso significa que algo está errado e a frustração dos pais muitas vezes se transforma em palavras e modos rudes. Se perceber que vai perder o controle, saia do ambiente que está com a criança e só volte quando estiver seguro do que falar e fazer.

8. Dê atenção e amor. Pergunte para o filho como foi seu dia, como se sentiu na escola. Se algo estiver errado (fez birra com a professora, por exemplo), avise que ele errou e que pode sofrer um castigo por isso. Elogie bons comportamentos com beijos e abraços. Nada de trocar por presentes e promessas de vantagens.

9. Diga "não" quando for preciso. Sempre de forma educada, controlada e segura. Isso não magoa a criança, não tira a liberdade de expressão, de movimentos ou a criatividade, mas a torna mais confiante e forte.

10. Imponha limites. Os filhos não adivinham o que devem fazer e se sentem inseguros se não tiver alguém tomando conta deles, conduzindo seu comportamento nos momentos de novas experiências. Limites são bons para as crianças e para os pais
Fonte: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2012/04/21/veja-dez-atitudes-para-conseguir-que-seu-filho-obedeca-e-descubra-se-voce-age-corretamente.htm
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Aluno da Bahia leva prêmio de R$ 40 mil por ideia sustententável ( IG)

Em concurso sobre soluções para a Copa do Mundo, Jonathan Pedreira propôs que população recebesse créditos ao reciclar seu lixo

Marina Morena Costa, iG São Paulo |
Uma forma de compensação e estímulo à reciclagem de lixo rendeu ao estudante baiano Jonathan Pedreira, 20 anos, um prêmio de R$ 40 mil. Aluno do 5º semestre de Engenharia Mecânica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Jonathan elaborou um projeto que prevê a troca de materiais recicláveis por créditos em um cartão. A ideia foi a vencedora do concurso Siemens Student Award, uma competição de propostas sustentáveis com foco na Copa do Mundo de 2014.

A partir da premissa de que a produção de lixo, um dos principais problemas dos grandes centros urbanos, irá aumentar durante o evento esportivo, o estudante criou a iniciativa para estimular a reciclagem. Em aeroportos e pontos estratégicos, turistas e cidadãos encontrariam postos de reciclagem e de retirada do “cartão verde”. Os créditos poderiam ser utilizados no transporte público, em bares, restaurantes, lojas e demais estabelecimentos.
                                                                          
Foto: Divulgação O estudante Jonathan Pedreira entre o CEO da Siemens no Brasil, Paulo Stark (e), e do Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes (d)
  “Na Alemanha cada pessoa que separa seu lixo, ganha por isso. São 25 centavos de euro por uma latinha de alumínio e 15 centavos por uma garrafa de vidro. O sistema que eu propus não retribui em dinheiro, mas em créditos. Lixo é dinheiro e a gente tem q acordar para isso”, afirma o estudante.

Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Jonathan já pesquisava sobre desenvolvimento sustentável, em um projeto sobre combustíveis alternativos. Para colocar a ideia em prática, ele pretende patentear o projeto e depois oferecer ao poder público. O dinheiro do prêmio será gasto parte no processo e parte será destinada à família.

Leia também

Os 15 finalistas da competição, selecionados entre 387 trabalhos, receberam um treinamento para apresentar os projetos a uma banca julgadora. “Tive 5 minutos para explicar o meu projeto, metade do tempo que estou falando com você. O maior aprendizado foi conseguir apresentar a minha ideia de forma sucinta e clara”, destaca o estudante.

A etapa final do concurso foi realizada em São Paulo, na última segunda-feira. Em segundo lugar ficou o projeto de abastecimento elétrico móvel de veículos, do estudante Marcos Sérgio Pacheco dos Santos Jr., da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, que recebeu um prêmio de R$ 16 mil. Em terceiro lugar, ficou a ideia de um sistema de caronas entre pontos estratégicos em horários de grande fluxo, dos estudantes Mateus Borges, Bruno Mantovani e Wildiner Batista, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que receberam R$ 8 mil

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-04-21/estudante-da-bahia-leva-premio-de-brr-40-mil-por-ideia-sustentav.html

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sábado, 21 de abril de 2012

CRÔNICA- "VAMOS COMIGO, FILHO!" – uma reflexão sobre a pós-modernidade


  *Por  Cláudio  Silva

Esta, contou-me  um amigo. Aconteceu  no  contexto  católico, mas  poderia  muito bem ter ocorrido  no  contexto de  outras religiões. Semana Santa, Quinta-feira , à  noite, –  diálogo  de  um casal:

- Ela:  “Vamos  à igreja participar da cerimônia do lava-pés” ?
- Ele:Vamos sim”.
- Ela: Chame  o  Júnior  então’.
- Ele: Ele  não vai, foi à  casa  da  namorada. Ela vai passar o  dia fazendo um trabalho  para  a faculdade  amanhã, e  eles  vão aproveitar  para  ficar  juntos  hoje”.
Os  outros  dois  filhos do  casal  estudam fora.
- Ela:  “É, pelo  jeito  as  tradições religiosas  das  nossas  famílias terminam  em nós  dois”.
           E  seguem, os  dois,  para  a  igreja.

           Sexta-feira Santa, nove  horas da  manhã , novo diálogo:
-  Ela:Vamos à  cerimônia de adoração” ?
- Ele:Pode  ir  você, preciso  concluir  um trabalho acadêmico, urgente. Se eu  for  não  vai dar  tempo”. Diz, lamentando-se.
-Ela: “Quem sabe  o  Júnior  vai  comigo  então”.
- Ele: “Isso, convide-o. Assim você  não  vai  sozinha”.

Ela  vai  ver o  filho  no  quarto, que dorme  profundamente. Fica  com pena de acordá-lo, pois tem estudado  muito  para  o  vestibular. Resolve ir sozinha, e no  caminho  vai  pensando em como  a  vida  mudou, alterando costumes  e  tradições e  distanciando até  as  pessoas mais  queridas. A fé aparentemente parece não ser  mais o maior ou um dos  grandes ponto  de  unidade familiar e  consequentemente, social. Uma realidade que choca e assusta muitos , mas  é a  constatação  de  que as  coisas realmente mudaram. 

Em   um email de  felicitações de  Páscoa uma minha prima lamentava-se: “ ... as pessoas perderam o brilho do espírito de páscoa, natal, e outros eventos religiosos!!! infelizmente, estamos esquecendo tudo o que nos foi passado pelos nossos pais......” .  O que  aconteceu? As  pessoas  de repente perderam a  fé ou  o  amor familiar? Estou convicto que  não. Vivemos  novos tempos, uma  nova  era que  impõe  novas formas de expressão e de  relações. Nas gerações anteriores, como nos tempos  dos  nossos  pais,  vivia-se  mais  coletivamente. Em família tomávamos  as  refeições, assistíamos tv, íamos  ao  cinema,  frequentávamos  a  igreja, viajávamos. Diferentemente de hoje em que as  expressões  tendem a  ser  cada  vez  mais  individuais, mesmo nas  manifestações  de  fé  e  tradição. 

O mundo está imerso no  individualismo.  Já reparou nas  ruas, quantos carros  enormes com vários  lugares, e os condutores praticamente sozinhos? Fui resgatar alguns apontamentos sobre características deste  tempo  que  a  filosofia denomina de pós-modernidade. Ele é definido  como um tempo de  incertezas, troca  de  valores, desconstruções e fragmentações.  Uma  de suas  marcas  mais inquietantes  como  dito antes é o individualismo.  À  ele  some-se a superficialidade e a falta  de  profundidade. Igualmente, o  imediatismo, de não se pensar mais em termos de futuro, mas de aqui e agora. Outras características são a moral utilitarista, o conflito de gerações e  a provisoriedade, onde nada  mais  é considerado  definitivo. Pode-se inferir que esses aspectos  somados criam  um quadro  de  crise, se esta  for entendida como  choque  de  mudança.

São transformações profundas trazidas pela pós  modernidade, que  modificam as  estruturas e as  aparências. Pode-se destacar à  guisa de  reflexão, dentre  outras, duas  dimensões  dessa crise, a  social  e  a religiosa, aproveitando o fato que  deu origem à  esta reflexão. Na  primeira , a  social, alguns  dos  aspectos observáveis são  a desintegração  dos  papéis e um  mundo  que  não  mais  cria  fraternidade  por  estar voltado  para  o  individualismo. Da mesma forma pode-se observar o imediatismo, que nos condiciona a focar mais o  quotidiano  e  não  mais o amanhã. A falta  de  modelos exemplares e  confiáveis  de  vida é  outra  característica herdada  da pós modernidade. E na crise religiosa, pode-se observar dentre  vários  aspectos a  volta  aos  fundamentalismos, a substituição de vivências  coletivas  de  fé  e  religiosidade por formas  individualistas do  tipo ‘Eu  e  Deus’ , com a ênfase no alcance de  necessidades  pessoais imediatas e não  mais  no  “Deus  no  irmão”.

Ou  seja, na  pós-modernidade saímos  do mundo  do  NÓS  para  o  mundo  do  EU. E nessa nova  realidade, mesmo as relações  coletivas tendem a ser  feitas  por  meio  de  canais “individualizantes”. O solitário pode estar conectado através de redes de relacionamentos à um número  incontável de contatos, em sua maioria anônimos  e/ou  distantes. Um coletivismo individualista, se  isto  for  possível. Laços frágeis e  superficiais.

Estamos  ainda  engatinhando  e  meio  aturdidos na  vivência  desses novos  tempos, e  a  atitude mais sábia  parece ser a  de tentar harmonizar  essas novas realidades com as oportunidades de  convivência fraterna  que  surgem a  cada  dia.

 Pode ser considerada uma pessoa sábia hoje aquele e aquela que é capaz de buscar incessantemente o equilíbrio dentro dessa nova  realidade, principalmente no âmbito da família.  Eis o desafio permanente. É fácil?  Creio  ser  esse  o  verdadeiro  leão  a ser  enfrentado a cada  dia.

Novos tempos trazem consigo novos desafios, que  pedem novos olhares e novas  atitudes. 

Um abraço!

*Cláudio Silva é mestre em Educação, Secretário Especial de Ensino Superior de Apucarana-PR e ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR.  

                                                                                                                  
Ficha Técnica:
Estrutura: Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva (acadêmica de jornalismo)
Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma

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